quarta-feira, 18 de abril de 2012

Fúria de Titãs 2 - Crítica


Filme é uma boa pedida para quem procura por diversão despretensiosa

Os épicos gregos estão em decadência? Talvez sim. É sempre o mais do mesmo, a exploração das cenas de ação, das batalhas em massa, dos monstros mitológicos. Recentemente vimos Imortais tentar usar essa fórmula e não conseguir chegar até o Olimpo. Pois é, talvez o único filme que consiga reacender novamente a chama da antiga Grécia seja o God of War, mas enquanto a adaptação não acontece, Fúria de Titãs tem conseguido deixar ela acesa.

Com um primeiro filme apenas mediano e muitas críticas dizendo que  aquele da década de 80 era melhor, ninguém diria que a franquia continuaria com essa fúria toda. Pode ser que os melhores filmes sobre mitologia grega sejam aqueles de antigamente – A odisseia, Hércules e cia - mas para os tempos modernos, Fúria de Titãs 2 não faz feio. Aposta em ação e efeitos especiais é claro, mas pelo menos faz isso bem feito. Agora o humor e o ar de grandiosidade transformam aquela raivinha do primeiro filme em uma fúria espetacular que garante horas de diversão despretensiosa.

O filme conta a história de Perseu (Sam Worthington). Depois de matar o Kraken e se tornar respeitado em praticamente toda a Grécia, o filho de Zeus, agora pai de família, tenta levar uma vida simples com o seu filho Hélio, mas na eminencia de uma guerra fica difícil não pegar a espada novamente e partir para o campo de batalha. Ainda mais quando a ameaça está na porta de casa e o seu próprio pai vem pedir ajuda.
Ares e Poseidon
Por falar nisso, os deuses roubam a cena.  Ralph Fiennes repete o papel de Hades e está muito bem nele, assim como Zeus (Liam Neeson) e Ares (Édgar Ramírez). Apesar de estar um pouco apagado, Poseidon (Danny Huston) também mostra a que veio. Não me lembro de ter visto deuses gregos tão coesos em outros filmes recentes. A caracterização não deixa a desejar.


O trabalho de efeitos especiais realizado em Fúria de Titãs também vale o valor do ingresso. O Tártaro e o Labirinto de Hefesto assim como os Cyclops e os efeitos das batalhas são dignos de grandes games e convencem. O que não convence mesmo é a atuação da Rainha Andrômeda interpretada pela atriz inglesa Rosamund Pike que está apagada e sem sal. O filho de Perseus, Hélio (John Bell) também poderia ser mais bem explorado.
Hades e seu garfo
Para quem gosta de mitologia uma boa notícia, eles tentaram ser fieis a história e conseguiram. Detalhes que poderiam passar despercebidos em outros filmes são lembrados aqui: Hefesto é manco e teve um relacionamento com Afrodite, os Cyclops guardam a sua prisão, as armas dos deuses são fieis às da mitologia e o filme segue uma linha cronológica. No fim uma deixa para mais fúria. É esperar para ver.

Um comentário :

  1. Ola!!
    Eu assisti o "Fúria de Titãs", mas ainda não assisti o segundo filme. Eu sempre gostei de mitologia grega, apesar de preferir a egípcia, e gostei muito do primeiro filme. Sempre tive curiosidade a respeito da Rainha Andrômeda e quero vê-la neste filme, embora apagada representada pela atriz inglesa conforme sua crítica. O deus Hades e Zeus são novamente representados por atores que AMO!!!! e creio que eles não pecaram na atuação desta sequência fazendo um excelente trabalho. O ator que faz Perseu, se não me engano é o mesmo que fez Avatar, e gostei muito da atuação dele, só assistindo para tirar minhas próprias conclusões. Gostei muito de sua crítica.
    Bjos!!!

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