"Não tenho medo de morrer. Sempre soube que o que eu faço me mataria um dia. Só não imaginava que teria aviso prévio."
- O Justiceiro
Por Lázaro - Arauto - Júnior
THE PUNISHER ou O JUSTICEIRO como é chamado no Brasil, um dos anti-heróis mais controversos dos quadrinhos, entra em cena nesta HQ para fazer o que faz de melhor: matar criminosos. Só que agora, ele tem um limite de tempo de seis horas para despachar o máximo de meliantes que conseguir até que o fatídico tempo acabe e um veneno que corre em suas veias encerre sua vida!
Sinopse
Numa empreita para matar os membros de uma rede de tráfico infantil de escravos, Frank Castle, O Justiceiro, é capturado por um inimigo desconhecido ao fim da chacina. Ao acordar da abdução, ele se descobre aprisionado e imobilizado numa cama inclinada, onde seu sequestrador injeta uma substância nele que diz ser um veneno letal que o matará em seis horas a menos que seja ministrado um antídoto. Para ser salvo, ele deverá matar certo chefão do crime da Filadélfia, um cara aparentemente intocável chamado Cavalier.
Qualquer homem sensato teria aceitado o acordo e tentado descobrir uma forma de se salvar dessa, seja encontrando um antídoto por conta própria ou acabando com o alvo. Encurralado pelo estranho contrato, o Justiceiro resolve responder a sua maneira: quebra o pescoço do sequestrador, se arma até os dentes e resolve descobrir quantos bandidos consegue matar dentro dessas seis horas.
O cara peita qualquer um! |
Vale a pena?
JUSTICEIRO, SEIS HORAS PARA MATAR, distribuída no Brasil pela Panini Books, é uma graphic novel de capa dura, 124 páginas e papel em brochura, com alguns pin ups. A história é de um arco fechado contado nas edições #66 a #70 de O JUSTICEIRO. É bem trabalhada e de fácil leitura, mas não traz nada relevante a adicionar a história do personagem em si ou inovação ao universo a qual a franquia THE PUNISHER propõe (pelo menos em curto prazo).
Ele é bom no que faz! |
Durante a leitura é mencionado como o Justiceiro planeja suas ações e seleciona seus alvos. Durante seu caminho, ele manuseia arquivos de vários lugares do país, o que mostra que a esfera de atuação do personagem é bem mais ampla do que se imagina. Heróis como Batman e Superman agem em vários lugares do mundo ou fora dele, mas estão normalmente atrelados a uma área específica onde costumam agir (no caso, Gotham City e Metrópolis, respectivamente). Outra característica, é que o justiceiro não mata policiais ou pessoas honestas. Também costuma manter o foco durante suas ações, então "alvos de oportunidade" são momentaneamente ignorados ou anulados de alguma forma, dependendo de seu grau de importância na esfera criminosa geral ou local como um todo.
A roteirização de Duane Swierczynski (Justiceiro: Força da Natureza e DEeadpool: Wade Wilson's War) mostra uma história simples que segue sua própria linearidade, mas para alguns pode ser um pouco previsível, embora nada maçante. O trabalho de Michael lacombe (Batman Incorporated #2 e #3) apresentado nessa HQ é mais humanizado, redondo e mais parecido com humanos reais que os normalmente usados nas publicações regulares do personagem. O trabalho de Val Staples (Os Poderosos Vingadores #90, Wolverine #79 e outros) como arte-colorista também é impecável e unido ao todo como um excepcional exemplar de encadernação em capa dura. Sem dúvida, um trabalho notável. Se não fosse uma história já publicada em quatro edições, cumpriria perfeitamente a proposta de apresentar o Justiceiro para leitores ocasionais ou simplesmente como uma história extra para os fãns.
A despeito de qualquer coisa, é uma boa e rápida leitura. Perfeita para quem aproveita pequenos intervalos de tempo para ler uma história em quadrinhos de qualidade sem se prender a uma longa trama de várias publicações e cheias de pontas soltas. E para os leitores que gostam de ter histórias de arcos fechados, é sem dúvida uma aquisição que se vale a pena ter e apresentar.
Boa postagem. Queria aquele roteirizado pelo Garth Ennis.
ResponderExcluir