sábado, 14 de janeiro de 2012

Saiba o que esperar da Edição de Aniversário de 20 anos de Vampiro: A Máscara

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Uma das melhores obras da White Wolf ganha uma edição de aniversário e mostra por que vem entretendo jovens e adultos por gerações

Por Thaynah Leal

Nos últimos dias, tive a oportunidade de dar uma boa olhada na edição de aniversário do primogênito do Antigo Mundo das Trevas: Vampiro: A Máscara que foi lançada em 2011 no evento anual “Grand Masquerade” em Nova Orleans.Essa edição especial conta com capa de couro, arte refeita e arte nova, acabamento de luxo e informações adicionais pra nenhum fã colocar defeito.É de fato uma edição de colecionador e como foi bem dito pelo pessoal da White Wolf, é um livro para os “leais fãs” desse jogo que foi o primeiro rebento dessa empresa.A única coisa chata é que ainda está em inglês e não há previsão de uma edição brasileira. Por hora, vamos ao que interessa!


Logo nas primeiras páginas, é dito pelo pessoal da WW:

Novo livro foi lançado em evento temático
“Durante vinte anos, vocês estiveram nos ouvindo falar e escrever sobre Vampiro: A Máscara. Agora, nós pensamos que seja o momento da comunidade falar. Nós nos aproximamos de um número de fãs viscerais de Vampiro do mundo todo (alguns dos quais, desde então, vêem trabalhando para nós), e pedimos a eles para nos dizer como este jogo tocou suas vidas. Esta, então, é a história real de Vampiro: A Máscara.”

Logo em seguida, são pelo menos três páginas com comentários dos mais diversos jogadores, escritores e produtores de Vampiro. Esta é a primeira grande diferença desse livro: É um livro mais próximo dos fãs, algo que foi construído em conjunto com a comunidade para quem realmente é escrito e elaborado o jogo.

Outro ponto realmente triunfante da versão vinte anos de Vampiro: A Máscara, é o lindo trabalho artístico re-feito pelos artistas. As imagens originais foram revitalizadas e as novas, trazem um ar de renovação ao livro. São imagens bem trabalhadas que harmonizam-se com as antigas, trazendo um aspecto de complemento e completude ao livro em suma.

E claro, que não é só de arte e comentários que se faz um livro de RPG:

·     Todos os 13 clãs originais, variações e linhagens de sangue, com suas Disciplinas únicas.
·     Regras de criação e progressão de personagens, de Neófito a Matusalém
·     Todas as Disciplinas, do nível 1 ao 9

E principalmente, ressalto que as regras revistas foram debatidas e utilizadas em “play-tests”, e que esse traballho de elaboração da edição de aniversário foi extenuadamente debatida nos fóruns oficiais da White Wolf e que nenhuma “revisão” foi feita sem que os fãs aprovassem. Assim como a escolha dos artistas que permaneceriam, ou que seriam “abraçados” para essa edição de aniversário de Vampiro, para serem imortalizados nessa obra prima dos jogos de interpretação.

Agora, um comentário pessoal...

(Acho que algumas pessoas vão se identificar, rs.)

Giovanni
Vampiro foi o meu primeiro contato com RPG e, claro, os Malkavianos, o meu primeiro e único clã favorito. (Depois ficam os Assamitas e os Ravnos. :P) E durante algum tempo, foi sim eu jogo favorito, lá durante a minha adolescência, 14 – 18 anos. Mas, o que é mais bacana em Vampiro, e eu acho que é o que realmente encaixa com a gurizada, é a abordagem feita pelo jogo, os conflitos existências, os jogos políticos, a sensualidade e a “invulnerabilidade” típica dos adolescentes. 

Acima de tudo, Vampiro é um jogo para aqueles que ainda tem aquela faceta jovem e impetuosa, pois até que uma estaca de madeira ou a luz do sol lhe toquem, você é imortal. O tempo passou e conheci outros jogos da linha do Antigo Mundo das Trevas e claro, outros jogos de RPG. Não curto mais jogar vampiro como curtia antigamente, isso é um fato. Mas, foi por causa de Vampiro: A Máscara que não engoli a Stephiene Meyer (doa a quem doer! Rs.) 

Foi por causa de Vampiro que conheci os vampiros não apenas como românticos sensuais e bad boys engomadinhos dons-juans... é com vampiro que a gente entende a astúcia de um Nosferatus. E a ganância pelo poder de um Ventrue. A apreciar belas-artes com um Toreador, a contemplar a vida por diferentes perspectivas com um Malkaviano. A ser um assassino silencioso como um Assamita, a ser selvagem  com um Gangrel. A aceitar a “besta” em nós como um Tzimice e a se permitir aquele momento de crueldade sofisticada com um La Sombra. A ter aquela vida cigana e até bem humorada dos Ravnos. Ou até mesmo as fuleragens dos nossos amiguinhos Tremere: Quem nunca ficou “p” da vida com a “Sedução das Chamas”? (*risos*)

Tzimice
Ah, claro. Quem nunca viveu a intensidade de suas convicções ideológicas jogando com um Brujah? Quem nunca viu a malícia nas línguas dos Setitas? Quem nunca regojizou-se no luxo da família Giovanni? E claro... quem nunca conspirou? Pois bem. Esse é o legado de Vampiro. Claro, há muito mais a ser dito, não só por mim, mas por todos os jogadores. E eu acho que é assim que deve terminar esse post...: Terminar com uma sessão de Vampiro. Porque é para isso que o livro foi feito: Para nós, fãs, vivermos as mais fantásticas histórias com os imortais jamais esquecidos. E lembrem-se da única regra mais importante que não quebrar a máscara...

É a regra que estabelece que o que é bom, dura para sempre. Abrace este jogo e divirta-se!. :D


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12 comentários :

  1. ..."Vampiro é um jogo para aqueles que ainda tem aquela faceta jovem e impetuosa..." Não concordo muito com esse trecho. Vampiro: a Máscara é um jogo que vai muito além disso. O problema é que ele normalmente atrai, principalmente, a meu ver, pela popularidade inerente do mito do vampiro, pessoas jovens e impetuosas, que muitas vezes estereotipam o jogo, ou não apreciam todas as suas vertentes e nuanças. Mas, o fato de vampiro ser um jogo que atrai mais esse tipo de individuo, não quer dizer que ele seja um jogo mais direcionado a esse tipo de público. Todos os jogos do WOD são tão complexos, que muitas vezes não são bem compreendidos pelas pessoas, por vários motivos é claro, às vezes por mera falta de oportunidade de jogar com um bom narrador, ou de pouca paciência ao ler um determinado livro que seria essencial para a compreensão da trama.

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    1. Bem, esta é a minha opinião. Alguns compartilham dela, outros não. E sobre a leitura, concordo plenamente com você! Todos os jogos do WOD exigem jogadores que no mínimo, gostem de ler. Obrigada pelo comentário! :)

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  2. Amei o livro. É lindo em todos os sentidos. *.* Agora... Odeio esse blá, blá, blá errado sobre o jogo. Vampiro é um jogo sério, não uma novela da Globo.

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    1. Isso mesmo! A arte ficou muito bem feita, não acha? Você curtiu a mudança nos desenhos onde descrevem os clãs? Ou preferia os antigos?

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    2. No livro - a Arte de Vampiro: a Máscara temos ótimas ilustrações, ilustrações antigas e marcantes. Eu gosto de todas. As artes de Vampiro sempre foram superiores a de muitos jogos. Mas é claro que as da edição comemorativa são mais belas e bem acabadas. Não podíamos esperar menos da comemoração de aniversário do jogo que alavancou a WHITE WOLF.

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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    4. E o bom é que esse livro que você citou - a Arte de Vampiro: a Máscara - ainda é vendido pela Devir aqui no Brasil: http://www.devir.com.br/rpg/vamp_art.php

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  3. Muito bom o texto, concordo principalmente com essa parte "Mas, foi por causa de Vampiro: A Máscara que não engoli a Stephiene Meyer (doa a quem doer! Rs.) "
    Vampiro é um jogo que tenho um apego especial, pois trata de um assunto que ninguém pensa(ou pensava, pelo menos eu) na existência do mesmo, a luta da sua humanidade contra a Besta. Enfim, um ótimo texto Thay =)

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  4. Bom a White wolf e seu jogo mais conhecido, o que esperar disso? Mais uma belissima obra rpgística que ficará para sempre na historia do mundo dos livros.


    (Marlon)

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  5. Vampiro sempre se garantindo! Onde a gente pode ver imagns do livro hein? Pq vcs não traduzem alguns suplementos?

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  6. Tava sentindo falta de postagens assim, vampiro é meu sistema preferido, apesar de adorar d&d.O na verdade curto mais idade das trevas por ser algo mais histórico, mas todo o sistema em sim é muito bom, gostei da postagem até esqueci que existe um filme chamado crepúsculo... kkkkk

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  7. A moça da foto é uma cigana, do clã Ravnos.
    O Giovanni que tem no livro é um homem de cabelos bem curtos, com entradas portando um roupão com duas caveiras nas mãos saindo fumaça verde.

    E Lasombra se escreve junto.
    tirando os mínimos detalhes, ótima matéria.

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