segunda-feira, 20 de junho de 2011

COMPARAÇÕES: D&D 3.5 – 4.0

O velho D&D estaria se adequando aos novos tempos?

Ei vocês por aí, RPGistas de plantão, você mesmo que joga, já jogou ou se interessa em jogar um clássico do RPG, O famoso Dungeons & Dragons. Bom, sabemos que esse jogo é antigo, ele vem desde a década de 70, criado por jogadores de Wargames (jogos de estratégias em tabuleiros). Os jogos eram basicamente sobre guerras e  tinham como objetivo, invadir o castelo, derrubar a torre do inimigo e coisas do gênero, porém certa vez, os jogadores decidiram mediar a aventura de um herói que em vez de invadir com os outros soldados, se infiltrou no castelo por uma rede de tuneis, e matou o rei, acabando com a guerra de modo diferente...
Assim surgiu o primeiro jogo, que gerou uma “reação em cadeia” no universo dos games em todo o mundo. Esse jogo veio a ser Dungeons & Dragons, também famoso pelo titulo de D&D. Depois de alguns anos,uma nova versão foi lançada, que foi bem adaptada ao tipo de mundo de fantasia que o jogadores desejarem, e essa nova versão que foi não tão concentrada em estratégias de combate quanto a primeira (afinal a primeira ainda tinha a forte essência de Wargame),  foi o Advance Dungeons & Dragons (AD&D).
Nesses tempos de ouro do RPG surgiu a série muito famosa, conhecida como Caverna do Dragão inspirada no universo do Dungeons & Dragons. Em meados de 2000, surgiu então o D&D 3º edição, que revolucionou mais ainda o jogo, sendo um bom equilíbrio entre a questão narrativa, e a questão de combates estratégicos do D&D. Não demorou muito para que fosse lançada uma revisão chamada de D&D 3.5, que creio eu, fez mais sucesso ainda. O sistema de jogo é conhecido até hoje como sistema d20, e não se limitou apenas ao jogo, pois com a Licença Aberta, que permitia o uso do sistema por outros títulos o cenário RPGistico foi dominado por um dragão chamado “D20”.
D&D 4.0 Magias se tornam habilidades especiais como nos jogo on line
Agora depois de praticamente uma década, surge o fantástico mundo do D&D 4º edição, também chamado por alguns de 4.0. Um “Renascimento” do estilo do primeiro D&D, o famoso jogo de RPG com a essência de Wargame. Por ser tão voltado aos combates, principalmente com miniaturas e tabuleiros, o jogo apresenta um forte equilíbrio na questão das classes (vou explicar isso mais a frente).

Agora diferenciando os 2 sistemas de jogo





→ Dungeons & Dragons 3.5

• Combates simples e rápidos, para os jogadores não se preocuparem tanto com números, e sim mais no entusiasmo de jogo.
•Vasta lista de Pericias, ou seja, muitas pericias, sendo elas pouco abrangente. Como por exemplo, a pericia conhecimento (arcano) se limita apenas na função de conhecimentos, Usar instrumentos mágicos apenas na função de usar objetos com poderes especiais, e assim vai. Sendo pouco abrangente, porém realista.
•Nas magias também houve mudanças, por exemplo, as magias arcanas, que antes podiam ser considerados conhecimentos, sendo assim qualquer um com poder suficiente e que obedeçam as restrições poderiam aprender e usar.
•Equilíbrio geral. Bom, que diabo significa isso? Isso seria o equilíbrio de um personagem em todos elementos de jogo. Pra ficar mais claro, personagens com baixa utilidade em combates, podem ter utilidades em outras coisas. Um exemplo pra isso ficar mais evidente: Um guerreiro sabe lutar e tem um pouco de conhecimento, enquanto um bárbaro pode lutar também e tem conhecimento sobre a vida selvagem, do mesmo modo que um ladino não pode lutar tanto mais tem muitas utilidades pra varias coisas.
•Mundo bem poético e trivial. O Mundo de D&D 3.5 é um mundo de fantasia medieval bem abrangente, aberto a vários tipos de conflitos, e para vários tipos de lugares, como feudos, castelos, cidades medievais poderosas e etc. Bem ao estilo senhor dos anéis, ou mesmo similar a nossa própria idade médio com detalhes de fantasia.

→ Dungeons & Dragons 4.0

•Combates bem elaborado, para todos aqueles que curtem seguir bem as regras, e que curtem jogos com os combates bem estratégicos.
•Curta lista de pericia para jogadores que querem poucas pericia, porém muito abrangentes. Como por exemplo, para decifrar uma escritura mágica (que antes poderia ser decifrar escrita), para usar uma arma mágica (que antes seria usar instrumentos mágicos) ou mesmo para lembrar-se de alguma teoria arcana antiga (que antes seria conhecimento “arcano”), imagine todos esses testes, sendo realizados apenas por uma pericia, Arcanismo em D&D 4.0.
•As magias agora são exclusivas da classe. Como por exemplo, se antes um mago, e um bardo conheciam a mesma magia por terem aprendido ou “adicionado ao seu repertorio”, com D&D 4.0 não podem mais. As magias são como habilidades especiais que cada classe possui a sua. Não existe mais um capitulo vasto de magias que podem ser compartilhadas entre mais de uma classe; as magias agora são vistas no próprio capitulo de sua classe. Isso é ótimo para pessoas que gostam de um jogo onde os personagens vão depender mais um dos outros no jogo.
•Equilíbrio dos números. Bom, mais uma vez esse tal do equilíbrio. O jogo de D&D 4.0 é muito focado no combate, principalmente com tabuleiro e miniaturas, e por ter tanta ênfase nisso, o equilíbrio nas regras de combate para todas as classes é fundamental. Antes por exemplo um feiticeiro de 1º nível levaria uma derrota fácil em frente a um monstro de 1º nível. No D&D 4.0 isso muda, pois as classes possuem números mais equilibrados do que nunca (parece que investiram bem em matemáticos para elaborar o jogo). Isso é ótimo pra pessoas que gostam de combates bem estratégicos.
•Funções. Agora eles trazem coisas novas, como por exemplo, as funções. Pra deixar mais evidente a dependência de um personagem dos outros criaram termos de jogo pra diferentes classes, como é o caso de um Guerreiro, que agora é um personagem defensor, ou um Clérigo que é um líder (não um comandante, e sim um motivador, o personagem de apoio), o Patrulheiro (novo nome traduzido pra Ranger) que é um agressor e por ultimo mas não menos importante o Mago que é um controlador (personagem responsável por tratar vários inimigos ao mesmo tempo).
•Mundo  fantástico e mágico. No meu ponto de vista, o mundo de D&D 4.0, é um mundo onde a magia é bem evidente, onde as cidades são mais fáceis de encontrar, onde os conflitos são bem típicos e óbvios, mais mesmo assim bem interessantes. É algo bem ao estilo de World of Warcraft, ou mesmo bem o mundo de Narnia  (do filme “Crônicas de Narnia”).
Mago do antigo D&D : chapéu pontudo e cajado (Bem, esse está sem chapéu...)

Crítica - Relutamos, mas não conseguimos resistir a 4ª edição. Toda aquela arte e a qualidade dos livros deveria ter valido a pena. Pois é, pode até ter valido, mas a opinião de muitos jogadores veteranos e nem tão veteranos assim ao jogar a 4 ª edição pela primeira vez é “ Estou ficando velho”. Lutar para encontrar uma poção de cura, escolher a dedo as perícias, conhecer sobre a vida dos monstros e coletar aqueles raros ingredientes para as magias ficaram mesmo para trás, bem no passado.


A 4ª edição mais parece uma adaptação dos RPGs virtuais e videogames. O detalhamento narrativo deu lugar a estratégia. O tom agora é outro e apesar de ser possível “jogar como antigamente” é difícil não se sentir um peixe fora d’agua. Para começar é difícil jogar sem miniaturas. Todas as habilidades e magias usam escalas em quadrados, próprias dos tabuleiros. O sistema conta ainda com uma variedade de classes e raças que tornam possíveis muitas combinações.
Se por um lado o jogo desanima os interessados em roleplay, por outro ele serve como uma luva para quem gosta mesmo de armar estratégias e táticas. A 4ª edição é um jogo tático que proporciona combates emocionantes.
A fantasia medieval requer um pouco de mistério e cuidado, um pouco de realismo também não faz mal a ninguém e ajuda a construir o tom do jogo. Elfos, anões e halflings ajudavam a construir a fantasia medieval clássica era raro ter mais que uma destas raças nos grupos. Nesta nova era Eladrins e Genasis dividem um espaço ao pé do fogo. É o futuro

7 comentários :

  1. se é para jogar video game de papel prefiro jogar no comptutador mesmo, mestrar ficou muito mais facil pois o jogo é apenas para dar porrada em monstros, mas esse pessoal da wizard são espertos demais, já que a onda do momento é os mmorpgs porque não fazer algo parecido com isso,até porque o velho D&D 3.x não tem mais o que produzir, não dá para eles viverem só de suplementos, nada contra quem gosta do 4.0 mas não vejo graça nesse novo sistema, todo mundo é meio super, falam em equilibrio maior, mas sinceramente o que causa desequilibrios no 3.x são os suplentos aos montes que deixam os personagens overpowers, e eu nunca começo um jogo do nivel 1 pois acaba sendo chato demais, pois até uma galinha atroz seria um desafio para um grupo!!!

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  2. Pois é... É a modernidade. Mas analisando este novo cenário que se forma com Old Dragon e Violentina há uma luz no fim do túnel para quem gosta de um RPG mais tradicional não acha?

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  3. eu comprei o Old dragon e gostei muito, dá para fazer uma aventura de um dia tranquilamente, mas para uma campanha ficaria dificil preencher algumas lacunas, o violentina vou fazer a minha contribuição pois gostei muito do fast play, também gostei do fiasco e do terra devastada, e estou lendo o busca final, no RPG tem espaço para todos, o importante é ter jogadores e não ficar perdendo tempo sobre quem esta com a razão, briga tola entre old x new e tradicional x indie, vida longa ao RPG, tem espaço para todos!!!

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  4. Parabéns sr. Bruno Torres pela postagem!

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  5. Notícia velha, tópico velho, preconceito velho.
    Falácia de Stormwind, apenas isso.

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  6. Não me importa que me dêem o título de anacrônico, pra mim, sem peso na consciência e sem sentimentos pelo esforço que a Wizards fez para criar o novo sistema ou pelo apoio que alguns fãs deram à nova edição, o fato é: O D&D 4th não foi uma boa ideia...
    Jogo online "interpretado" em papéis...

    ...e que venha a 5th, junto com a opinião dos usuários que estão no game test, para provar que a 3.5 era o caminho certo.

    NOTA: Nada contra (fora o escárnio dito anteriormente) quem curte o 4.0. Apenas contra a edição.

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