Professores, pesquisadores e os próprios jogadores de RPG de Pernambuco têm atentado para o viés pedagógico do passatempo.
As pessoas resumem o RPG (Role Playing Game) a um jogo no qual a pessoa mata o dragão e salva a princesa. Um simples passatempo dos finais de semana sem grandes pretenções. ainda em casos extremos, falam em decadência da alma humana e insistem em afirmar que o jogo não tem nada de proveitoso, trazendo apenas malefícios aos praticantes.
Mas será que já pensaram como uma simples sessão de jogo pode ser produtiva para muitas áreas do ser humano? Podendo ajudar a desenvolver a parte social do indivíduo ou na própria educação e no conhecimento?
Por causa deste pensamento, o jogo tem sido muito discriminado, revelando falsos malefícios e um lado negro inexistente na prática do RPG. Consequentemente com a intensa elevação das “falsas afirmações” tem sido escondido a finalidade principal e como o jogo pode ser proveitoso além de divertido.
O primeiro e mais relevante fato em que o RPG visa trazer visíveis benefícios é o processo de educação do praticante, seja estudando sobre o cenário de campanha ou desenvolvendo o seu texto criando um histórico para o personagem, ou até mesmo na hora de construir a ficha com todos aqueles números e cálculos. Isso sem contar os benefícios em áreas como companheirismo, raciocínio e várias outras que podem ser notadas ao longo do estudo mais aprimorado da atividade.
Segundo Carlos Klimic - Autor dos RPGs “Desafio dos Bandeirantes”, “Era do Caos” e “Esferas”, que busca unir brasilidade e RPG sem ser ufanista - “O RPG tem características que o tornam uma excelente ferramenta educacional: socialização, cooperação, criatividade, interatividade e interdisciplinaridade.”
O RPG oferece ao praticante, momentos em que a sua inteligência é a principal ferramenta para seu sucesso no jogo, tornando assim um jogo de estímulo cerebral constante. Como exemplo:
Quando o personagem imaginário se encontra em diversas situações que exigem que o jogador tenha idéias suficientemente interessantes para que ele realize algum ato heróico. Por exemplo, talvez necessite se lembrar de alguma reação química no qual ele aprendeu na escola para que seu personagem faça uma mistura boa o suficiente, para derreter a fechadura de uma corrente que aprisiona sua amada.
Matemática, Física, Química, Filosofia, Sociologia, História e Geografia são áreas de no qual o RPG atua nas mais variadas sessões de jogo. É certo que o RPG não vem a substituir a disciplina, mas visa melhor absorção do conteúdo na própria escola. Serve como uma ferramenta educacional, seja no reforço ou na absorção de um conteúdo.
E como prova do que foi relatado acima, temos muitos profissionais de ensino que utilizam o RPG em proveito de suas aulas, chegando até a realizar sessões de jogo nas salas com seus alunos para que eles possam desenvolver o interesse pela pesquisa e o raciocínio matemático presente no jogo em grande incidência.
Um deles é o professor Ricardo Amaral, Mestre em Ensino das Ciências e Licenciado em Física pela UFRPE, Professor do CAp – UFPE e pesquisador sobre o RPG Pedagógico desde 2005, Amaral levou o jogo para a sala de aula em 2009 “Os alunos viveram uma aventura durante 06 horas-aula em que interpretaram colonizadores do Brasil historicamente reais, no século XVI. Visitaram locais na aventura, como a Vila de Santa Cruz (atual cidade de Igarassu - PE) e foram os fundadores do Engenho de Santiago (que deu origem à cidade de Camaragibe - PE).”
Ricardo conta em seu site que além dos conceitos de Física (distância percorrida, velocidade média, deslocamento) e Matemática (unidades de medida, porcentagem, escalas), trabalharam também conteúdos de Geografia (cartografia), História do Brasil (Brasil-colônia) e temas transversais (Ética e Pluralidade Cultural) em situações-problema apresentados aos personagens.
“Ao final do jogo, realizamos uma excursão didática aos locais visitados na aventura (Centro Histórico de Igarassu e Casa Grande do antigo Engenho de Santiago), onde os alunos puderam conhecer os diversos cenários apresentados na aventura. Todos responderam a um questionário sobre a atividade e entregaram um relatório sobre a excursão, com resultados muito satisfatórios”, revela.
Ricardo conta em seu site que além dos conceitos de Física (distância percorrida, velocidade média, deslocamento) e Matemática (unidades de medida, porcentagem, escalas), trabalharam também conteúdos de Geografia (cartografia), História do Brasil (Brasil-colônia) e temas transversais (Ética e Pluralidade Cultural) em situações-problema apresentados aos personagens.
“Ao final do jogo, realizamos uma excursão didática aos locais visitados na aventura (Centro Histórico de Igarassu e Casa Grande do antigo Engenho de Santiago), onde os alunos puderam conhecer os diversos cenários apresentados na aventura. Todos responderam a um questionário sobre a atividade e entregaram um relatório sobre a excursão, com resultados muito satisfatórios”, revela.
Espero que esta matéria possa mostrar uma realidade do RPG escondida e que possa servir de instrução e nova visão contra o preconceito humano. Quando alguém vir lhe falar dos “males” que o RPG traz, mostre argumentos e prove que tem muito mais a beneficiar do que a constante freqüência encontrada nas idéias de pessoas que realmente não conhecem verdadeira a essência do Role Playing Game.
Para saber mais, acesse: www.rpgnaescola.com.br
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