Entenda o Magic the Gathering

Jogadores resolveram apostar em um Carnaval diferente e passam à tarde em campeonato promovido pelo Malk's

Magic the Gatering estava esquecido por aqui. Fazia um tempo que não se organizava um torneio que se preze. Agora imaginem: sábado de Zé Pereira, uma chuva que não parava de cair, muitos imprevistos e uma organização totalmente independente. O que essa mistura poderia dar? Alguém chutou sucesso?

O estudante Dyego Augusto (20), colaborador do Malkavianos Clube de RPG e responsável pelo grupo de Magic conseguiu, junto com uma turma corajosa, que ajudou a organizar o encontro colocando literalmente a mão na massa,  promover um dos melhores torneios do ano. O evento deste sábado (18), que desta vez aconteceu na quadra de esportes do Colégio Souza Leão em Candeias, contou com 17 pessoas inscritas e alguns transeuntes.

De acordo com Dyego, os formatos dos torneios que geralmente são organizados (T1, T2 e Legacy) exigem um investimento significativo de dinheiro por parte dos participantes para acontecer. Para se ter uma ideia jogar o tipo T2 requer que o jogador esteja  atualizado e comprar cartas a cada três meses. “A ideia é organizar campeonatos Forfun, para diversão mesmo. Assim, atenderemos aqueles jogadores que são mais carentes e não tem condições de participar de um T2, por exemplo”, explica.

Mas o que é Magic?

O Magic: the Gathering foi criado em 1993, pelo matemático norte-americano Richard Garfield, rapidamente conseguiu atrair muitos seguidores. Lançado pela Wizards of the Coast, uma editora de livros de RPG, o Magic trouxe um novo conceito e um mundo de fantasia com ilimitadas possibilidades. Combinando o conceito de “trading cards”, equivalente as nossas tradicionais figurinhas, com a estratégia do xadrez, Magic: The Gathering tornou-se a primeira e melhor coleção de Estampas Ilustradas do gênero no mundo.

Em Magic, você faz o papel de um planinauta — um poderoso mago que luta contra outros planinautas por glória, conhecimento e conquistas, com um arsenal de feitiços sob seu comando. Você acaba de descobrir as Eternidades Cegas. No vasto Multiverso, somente você e seus semelhantes têm conhecimento dos incontáveis mundos que existem além do seu. Seu dom o leva a procurar por conhecimentos mágicos, a fim de testar seus limites e escrever seu destino.

(Fonte Devir Editora)

Como começar a jogar?

De acordo com os próprios jogadores, a melhor maneira de começar a jogar este jogo de cards colecionáveis é pesquisando um pouco na internet sobre o assunto. Alguns sites como o da Devir  dão suporte para os jogadores novatos. Depois de entender o básico do jogo é hora de escolher as cores de decks de sua preferência. As cartas de Magic são divididas em 5 cores e cada uma possui características especificas: brancas (proteção e ordem), pretas (decadência e morte), azuis (trapaça e intelecto), verdes (vida e natureza) e vermelhas (fúria e caos).

O jogador deve escolher o tipo que mais se identificar. “O ideal é começar com um deck para iniciante (tribal, de um só tipo de criatura)”, conta o professor de Educação Física Paulo André (23) que participou do torneio e começou a jogar Magic em 2003 durante as férias na casa da avó. “Lá conheci uns amigos que jogavam, então me interessei”, explica.

Neste site você pode conferir alguns tipos de criaturas que você pode escolher para fazer um deck simples: 

http://www.magicdeckvortex.com/visual_spoilers_creature_types_all.htm

Escolha um ou dois tipos de criaturas e vá montando o seu primeiro deck.

Curiosidades

“Magic The Gathering já teve os seus tempos áureos aqui na nossa cidade (Recife). Foi na época em que a loja Caverna do Dragão oferecia toda a estrutura para os jogadores e realizada torneios periodicamente”, conta o Engenheiro e Gerente de T.I. Gabriel Boa Viagem (BV) com certo saudosismo. “Hoje o Magic em Recife está definhando, não há torneios frequentes, por isso iniciativas como essa são muito bem vindas”, completa Gabriel.

Se o objetivo é se divertir bolando estratégias para derrotar o oponente, para começar a jogar não precisa gastar muito. “Tudo vai depender do formato que está disposto a jogar, o pauper tipo 2 você gasta em torno de R$ 20,00 com o deck. Jogos tipos Forfun permitem apenas os decks básicos”, comenta.

Como em todo jogo de colecionar existem cartas com preços exorbitantes como a lendária Lótus Negra pertencente ao conhecido grupo das “Nove poderosas” está custando R$ 2799,00 no mercado livre. É claro que você não precisa tê-la no seu deck para garantir a vitória. “Você vai gastar no máximo R$ 40,00 em uma carta que dará trabalho em torneios”, garante Gabriel que também cedeu voluntariamente a premiação para este segundo encontro.

Se depender de Dyego e Cia, mas encontros e campeonatos virão, quem sabe com um apoio adequado? Por enquanto você pode ir treinando e aqueles que querem começar a se aventurar no mundo de MAgic, podem adiquirir os seus decks (em Recife) nesses endereços: