quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Games: o que é RPG e o que não é?

RPG,: ser ou não ser? Eis a questão!

Dragon’s Dogma. The Witcher 2. O que esses jogos tem em comum? Ambos seguem o rastro de games de sucesso como Final Fantasy e Everquest. Qual a relação entre eles? Bem, todos os citados são enquadrados como jogos de RPG, mas será que realmente fazem jus a essa alcunha?
 
Tecnicamente, para ser considerado um RPG Virtual Eletrônico, seria necessário que o jogo em si pudesse ser de interpretação, ou ter opções de decisão quanto ao rumo na narrativa e enredo, interação com o mundo apresentado e os seres que nele estão. Ou seja, algum tipo de diálogo com um mínimo de feedback coerente. Vários produtos do gênero são vendidos e/ou apresentados como sendo RPG's. Mas quais realmente seriam?
 









Diablo permite a escolha de classes de personagens
A franquia DIABLO (primeiro game a ser largamente rotulado como RPG) é a mais famosa dos games e um dos pioneiros de seu estilo. A atmosfera de fantasia gótica medieval unida às possibilidades de customização das armas e certos equipamentos dos personagens lhe rendeu a caracterização de "RPG Eletronic Game". Um dos melhores e mais rentáveis jogos de seu tempo, ainda faz fortunas com as versões antigas, tendo em vista uma das mais esperadas continuações de games de todos os tempos. 
Mas Diablo é RPG? Se assim quiser chamár-lo pelo fato de simplesmente poder escolher o nome de seu personagem (que sequer é citado diretamente em todo o jogo), estar preso às limitações de projeção gráfica e engine que te impossibilita subir em árvores, nadar, investigar ou quaisquer outras ações que não sejam trocar uma ou outra ideia (que normalmente são quest's) com uns mirrados pdm's e estripar qualquer um fora das cidades e vilas e seguindo uma história total e completamente linear... Então que seja!




Você já atacou! Agora espera que é a minha vez!
Uma das mais populares franquias de games do estilo "combate por turnos", FINAL FANTASY, seguiu o modelo de visão aérea 2D até o sexto jogo da série, quando trocou a perspectiva do jogador. O sétimo jogo passou a ter ideia gráfica de profundidade e maior elaboração na história e enredo, assim como uma interação maior. O estilo de jogo "Mundo Aberto", deu um toque de não linearidade que só foi visto em maior escala por nós Brasileiros em FANTASY STAR, onde os personagens poderiam decidir seus rumos e a forma de chegar até eles. A interação e a sinergia entre os personagens eram significativas. As diferenças e escolhas de seus caminhos de vida davam um ar de RPG clássico, onde as classes são bem presentes.
 
Apesar de ter várias alusões a sistemas de RPG de fantasia fantástica, o jogo tem suas limitações. Mesmo com uma variedade significativa de diálogos e formas diferentes de resolver puzzles, a linearidade da história pode acabar sendo um problema para os jogadores que preferem escolher seus próprios caminhos e ver no que dá. No fim, sempre há um fato que incomoda: a limitação da quantidade de maneiras diferentes que se pode resolver um problema, ou até mesmo a finita gama de opções que se pode ter em situações chave. Mesmo que isso não tire os méritos do game, ao menos restringe a criatividade do jogador às imposições do programador. Isso pode ser frustrante!
 
Há muitos games que recebem a alcunha de serem RPG's. Mas o que poderia caracterizá-los como tal mesmo com todas as suas limitações? A resposta pode ser muito mais simples do que se imagina.
 
SENSAÇÃO DE LIBERDADE DE ESCOLHAS
 
A possibilidade de seguir rumos paralelos à história, caminhos diferentes ou simplesmente adiar a chamada "história principal" para quando se achar conveniente tem-se uma comparação a ilimitada gama de opções que um jogo de interpretação deveria ter. Falar com personagens diferentes, ter opções de resolução de conflitos (ou evitar/provocar os mesmos), arrumar ajudantes, trair/salvar alguém por algum/nenhum motivo etc.
 
GRAU DE IMERSÃO
 

Um RPG é puramente um jogo de interpretação de papéis. Então, se o game é evolvente ao ponto do jogador sentir estar na pele do(s) envolvido(s) ou mesmo se identificar com determinadas situações, assim como estar preso às consequências (passadas ou futuras) de decisões tomadas e confrontadas... por que não chamá-lo de RPG?
 
INTERAÇÃO "SOCIAL"
 
Dificilmente alguém joga RPG sozinho. Há vários games nos quais há a possibilidade de interação. Seja com aliados/inimigos controlados pelo software de I.A. do jogo ou com outros jogadores, através de conecções Lan e internet. Devido a estas últimas opções, tem-se verdadeiras comunidades virtuais onde grupos de pessoas que nem sempre se conhecem se reúnem para interagir dentro da fantasia proposta pelos games. Muitos amigos que dificilmente possuem tempo prático para se reunir, seja devido à distância oo ritmo diário, acabam se encontrando na rede numa realidade alternativa onde é possível agir com camaradagem e até mesmo com "canalhices" de forma hilária e produtiva.
 
 
Jogos que apresentam estas três características, possuem realmente uma caracterização válida para serem chamados de RPG's. Afinal, mesmo nos clássicos sistemas de mesa, há as limitações dos jogadores e narradores. Tais deficiências quando supridas pelos games acabam sendo os motivos para nomear alguns produtos eletrônicos como sendo RPG's.
 

É claro que ser ou não RPG não desmerece ou deixa menos divertido um game. No final de tudo, o que vale é a diversão responsável!

Um comentário :

  1. Massa! Eu sou viciado em games na epoca em que os consoles reinavam eu possui 11 deles... Joguei muita coisa... Tem game que eu nem me lembro mais... Joguei versões japonesas, americanas espanicas e brasileiras... Hoje sou viciado nos MMORPG'S, que pra mim são os maiores representantes deste estilo, pois é possível reuniar um clan ou guilda ou 'party' para realizar determinada 'quests' e em alguns games e servers dá para conversar com os npcs. Como por exemplo, dá bom dia, perguntar como anda a vida e bla bla bla... Enfim... Sou adepto desta última vertente!

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