terça-feira, 30 de agosto de 2011

Guerra dos Tronos: Guia de leitura

Um livro pra RPGista nenhum botar defeito

"Na guerra dos tronos, ou você ganha ou você morre",
Cercei Lannister, Rainha dos Sete Reinos


Por Lázaro- Arauto- Júnior

O primeiro volume da famosa série CRÔNICAS DE GELO E FOGO, do escritor George Reymond Richard Martin, é um livro do gênero fantasia fantástica, cheio de surpresas e toques muito bem dosados de ficção e realidade.

Vários conceitos de nossa histórica Europa medieval são mantidos nessa intrincada trama, onde demonstrações de bravura e covardia, cavalheirismo e rudeza, alianças e traições caminham juntos de uma forma impressionante. Revelações surpreendentes esperam o leitor, num estilo de escrita muito pouco conhecido, onde cada capítulo recebe o nome de um personagem em particular, onde a sua ótica e percepções do mundo são altamente relevantes a cada acontecimento da história. É o mundo da fantasia medieval mostrado e contado através de uma ficção que em muitos momentos expressa uma dura realidade não apenas de nosso passado, mas de detalhes comportamentais e culturais que perduram em nossa sociedade.


Ao mesmo tempo em que a vida parece boa e as terras gozam de um farto e longo verão, o maior já registrado, há aqueles que espreitam e conspiram, esperando ou criando oportunidades para ascender de posições ou enriquecer. O Senhor do Norte, Eddard Stark, leva sua vida tranquilamente como atencioso pai e marido, assim como representante do rei nas terras nortenhas, governando com um misto de gentileza e dureza respectivos a sua honra e tradições familiares. Tudo está bem até que o Rei, junto com sua comitiva, o convida (ou ordena) a tomar o lugar do antigo Mão-do-Rei, cargo de prestígio e poder abaixo somente do monarca. Atormentado pelo dilema de aceitar ou não a proposta e apreensivo sobre as estranhas circunstâncias da morte do antigo detentor do cargo, Eddard Stark está dividido entre o dever que a honra demanda e afastar-se de suas terras e família na iminente chegada do inverno, para em nome do rei, governar da cidade real todo o território. Ele está prestes a descobrir que nem tudo é o que parece e que no jogo dos tronos, ou você vence ou morre.

A história se passa numa suposta era medieval, em que as estações podem durar anos, em especial o inverno que pode chegar a uma vida inteira. Neste mundo, sete reinos unificados dividem o território do vasto continente de Westeros, onde o Veado Prateado, símbolo dos Baratheon, está acima e ao lado do estandarte de cada uma das casas submissas à coroa. Cada parte do território tem como um ponto cardeal sua definição: Terras do Sul, Terras do Norte, Terras do Leste e Terras do Oeste. Cada Terra com seu Protetor e vassalos devendo lealdade à coroa (no sul está a cidade real e tem como Protetor o próprio rei).

Seriado da HBO também não deixa a desejar.


Em destaque nos sete reinos, estão três famílias:

Os Baratheon: São os que detêm o trono usurpado dos Targarien, antigos monarcas, pelo atual líder o Rei Robert Baratheon. Seu lema é "Nossa é a Fúria" e seu brasão é o Veado Prateado; 

Os Stark: Uma família tão fria como as terras que protegem, tem como lema e quase profecia "O Inverno está vindo". Seu senhor e representante é Eddard Star, homem nobre e honrado, amigo de infância e companheiro de batalhas do Rei. Seu símbolo é o Lobo Gigante;

Os Lannister: São os mais ricos dos sete reinos. "Ouça-me Rugir". Está na bandeira e nos ensinamentos desta família cujas ambições não conhecem limites. Apesar da rainha ser uma Lannister de nascimento, o soberano dessa família ainda é seu pai, Tywin Lannister.


4 comentários :

  1. Meus parabéns pela resenha, excelente! :)

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  2. Menino, amei a resenha. É bom para quem ouviu falar da série de tv e dos livros e ficou achando tudo muito parecido com as obras de Tolkien. Por esse texto, vemos que a história pode até ser fantasy fiction mas é diferente de O SENHOR DOS ANÉIS. Parabéns!!!

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  3. Afinal, quem foi a anta que achou parecido com Tolkien? A única coisa parecia com algo de Tolkien, foi o Sean Bean, que participou das duas adaptações, uma como Boromir, e outra como E. Stark.

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  4. A primeira vista a comparação (errônea ou não) com Tolkien se deve a estética do livro quanto ao uso de mapas desenhados na obra servindo de orientação as menções e alusões aos territórios. Essa forma foi popularizada por J.R.R. Tolkien. Mas isso aconteceu devido ao fato de sua obra dar mais ênfase ao mundo, usando os mapas de forma a elucidar a história. No caso de George R.R. Martin, o mundo é bem apresentado e descrito, mas a ênfase é no desenrolar da história tendo como pano de fundo o universo criado pelo autor. Os mapas apenas são um adendo ilustrativo e não representam um significado maior a compreensão da trama ou sequer tem funcionalidade indispensável a narrativa.
    Vai ver a tal comparação deva ser meramente por motivos comercias mesmo.

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